EM DEFESA DE UMA CRÍTICA ORGANIZACIONAL PÓS-ESTRUTURALISTA: RECUPERANDO O PRAGMATISMO FOUCAULTIANO-DELEUZIANO
DOI:
https://doi.org/10.13058/raep.2011.v12n4.138Palavras-chave:
Estudos Organizacionais Críticos, Pós-estruturalismo, Pragmatismo, Foucault, Deleuze.Resumo
O presente artigo tem como objetivo defender a perspectiva crítica pós-estruturalista de algumas contestações recentes acerca de sua legitimidade, feitas nos estudos organizacionais críticos contemporâneos. A proposta é seguir o fio condutor da visão pragmática para resgatar elementos desta visão de mundo, presentes no pensamento Foucaultiano e na filosofia Deleuziana, na tentativa de tecer algumas possíveis respostas a tais contestações. Para atingir este objetivo, primeiramente expõe-se a polaridade existente nos estudos organizacionais críticos brasileiros entre adeptos da teoria crítica e pós-estruturalistas, que se fazem transparecer em alguns debates recentes. Busca-se, desta forma, destacar suas diferentes visões a respeito do que constitui uma abordagem crítica na análise organizacional, bem como seus principais argumentos. Considera-se importante dar continuidade a tais debates, uma vez que se enxergam alguns mal-entendidos acerca da crítica pós-estruturalista que merecem ser esclarecidos. Destaca-se como ponto importante presente nesta polaridade a disputa a respeito das diferentes leituras de Foucault feitas pelas duas abordagens. Argumenta-se que os elementos pragmáticos presentes em sua obra impossibilitam que seu pensamento seja posto ao lado de teóricos crítico tendo em vista o seu importante rompimento com o humanismo. Em seguida, inicia-se a análise da filosofia da Diferença Deleuziana, seguindo também um fio condutor pragmático, para responder as contestações, que se baseiam no fato de os pós-estruturalistas abrirem mão de uma crítica dialética, ou do “trabalho dialético”, em prol de um “jogo da diferença”. Será Indicado como a filosofia Deleuziana aproxima-se de um posicionamento pragmático por meio de seu conceito de Diferença, contrapondo-se também às vertentes filosóficas, que embasam a teoria crítica. Finalmente, na conclusão, considera-se plausível afirmar a possibilidade de uma crítica pós-estruturalista, que se constitui como uma alternativa válida e digna de investigação perante uma abordagem crítica, que ainda possui raízes teóricas modernistas.Downloads
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