Matrizes Epistêmicas na Construção do Conhecimento em Aprendizagem nas Organizações

Publicado
2020-09-01

Resumo

Esta crítica epistemológica examina como pesquisadores trataram a construção do conhecimento sobre aprendizagem nas organizações, do ponto de vista de interesses cognitivos. Adota-se modelo analítico de matrizes epistêmicas proposto por Paes de Paula (2016), que trata da construção do conhecimento a partir de interesses cognitivos e reconstruções epistêmicas, em substituição ao modelo de paradigmas de Burrel e Morgan (1979). O objeto de análise foram as teses sobre aprendizagem nas organizações, defendidas nos programas brasileiros stricto sensu em Administração. A identificação dos interesses cognitivos presentes nas teses foi feita com base nas abordagens sociológicas classificadas pelo círculo de matrizes epistêmicas, que resume abordagens sociológicas puras e pela intercessão entre tais círculos, constituindo abordagens sociológicas híbridas. Os conteúdos manifesto e latente das abordagens sociológicas foram coletados e analisados com o auxílio do Atlas.ti 7. Concluiu-se que os interesses técnico e prático orientaram a construção do conhecimento sobre aprendizagem nas organizações, mantendo o interesse emancipatório à margem das discussões. Concluiu-se também que para o estudo gerar contribuições para o avanço do conhecimento, mais do que conjugar interesses cognitivos, é essencial realizar a investigação de modo coerente com os pressupostos das abordagens sociológicas a que os interesses estão filiados.

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Como Citar
Durante, D. G., & Coelho, A. C. (2020). Matrizes Epistêmicas na Construção do Conhecimento em Aprendizagem nas Organizações. Administração: Ensino E Pesquisa, 21(3), 255-281. https://doi.org/10.13058/raep.2020.v21n3.1767