Coceira boa de bicho-de-pé e o anátema de questão racial no engenho de diplomas
DOI:
https://doi.org/10.13058/raep.2024.v25n3.2561Abstract
Com as ações afirmativas institucionalizadas, um número crescente de estudantes negros adentra às universidades públicas e precisa de um ambiente educacional sem racismo. Isso apresenta novos desafios aos professores de administração, desde a formação, que implicam uma postura antirracista. Entretanto, com a formação docente delegada à pós-graduação, percebe-se que ainda existem grandes lacunas no percurso formativo desse professor. Ao tratar da questão racial em um país marcado por um processo violento de escravização, que ainda se reflete na clivagem do sistema educacional brasileiro, essa lacuna se torna abismal e insondável. Diante disso, examino o anátema da questão racial em administração e defendo a necessidade de des-senhorizar a pós-graduação, rompendo com a monocultura epistêmica vigente. Argumento que o domínio da pós-graduação por pessoas brancas em uma sociedade majoritariamente negra, herdeira de uma economia colonial escravagista, é incongruente e violento. Saliento que a diversidade racial na pós-graduação é crucial para a formação de professores antirracistas e para a transformação da educação superior. Para tanto, posiciono alguns elementos da questão racial no Brasil e teço uma trama teórica entrecruzada com a minha própria história de professor e estudante negro, em um método de escrevivência.
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Copyright (c) 2025 Humberto Reis dos Santos-Souza

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