Novas Vias para uma Agenda de Pesquisa Sobre a Ciência da Administração Pública no Brasil

Autores

  • Carolina Andion Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Patrícia Rodrigues da Rosa Instituto Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.13058/raep.2023.v24n2.2299

Resumo

Este artigo aborda os estudos sobre a ciência da administração pública no Brasil e busca explorar as contribuições do debate recente sobre os science studies (estudos sobre a ciência) para renovar a agenda de pesquisa sobre o fazer científico no campo. Trata-se de um ensaio teórico que inicia com uma revisão sistemática da produção científica brasileira sobre a ciência da administração pública, ressaltando três linhas desse debate: (1) o ensino de administração pública no Brasil; (2) a produção científica e a pesquisa no campo da administração pública no Brasil; (3) os estudos epistemológicos na administração pública. Concentrando-se nessa terceira linha e nas lacunas identificadas nesse debate, propomos uma agenda de pesquisa, tomando por base as abordagens mais recentes da sociologia da ciência e mais particularmente da sociologia das práticas científicas, buscando evidenciar as possíveis contribuições dessas abordagens para o estudo da ciência da administração pública no país.

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Biografia do Autor

Carolina Andion, Universidade do Estado de Santa Catarina

Pós-doutorado em Economia Social pelo Instituto Universitário de Pesquisa em Economia Social, Cooperativa e Empreendedorismo (IUDESCOOP) da Universidade de Valência na Espanha (2016). Doutorado em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) (2007). Mestrado em administração pela Escola de Hautes Études Commerciales de Montréal (HEC) (1998). Graduação em administração pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) (1994). Pesquisa e atua há mais de 25 anos junto a iniciativas da sociedade civil e com inovação social, tendo vasta experiência no desenvolvimento institucional de OSCs e em projetos socioambientais. No rol das organizações que atuou como gestora ou consultora pode-se citar o Liceu de Artes e Ofícios da Bahia, a Fundação Odebrecht (BA), a Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus (AFESBJ) (PR), a Fundação Cândido Garcia (PR), o Instituto Municipal de Administração Pública (IMAP) (PR), o Instituto Comunitário Grande Florianópolis (ICom) (SC) e o Institudo Guga Kuerten (IGK) (SC). Atua há 20 anos como professora universitária, sendo autora de livros e diversas publicações científicas nacionais e internacionais nos campos das organizações da sociedade civil, da inovação social e do desenvolvimento territorial sustentável. Lecionou nos cursos de graduação e pós-graduação de diferentes instituições de ensino, a exemplo da Universidade Católica de Salvador (UCSAL), da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e da Universidade de Salvador (UNIFACS), na Bahia, além da Universidade Federal do Paraná (UFPR), da Pontíficia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e da UNIFAE, no Paraná. De junho de 2005 a junho de 2006, realizou estágio doutoral no laboratório Ville, Société et Territoires (VST/CITERES) do departamento dAménagement da Escola Polytechnique da Universidade François Rabelais de Tours. Nesta oportunidade, passou um mês como pesquisadora na Alliance de Recherche Universités Communautés en Économie Sociale (ARUC/ÉS) e no Centre de Recherche sur les Innovations Sociales (CRISES), ambos em Montreal, no Canadá. Atualmente é professora associada do departamento de administração pública do Centro de Ciências de Administração e Socioeconômicas (ESAG) da Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC), centro no qual exerceu de 2010 a 2014 a função de Diretora de Extensão. Atua como professora na graduação, no mestrado e no doutorado e lidera desde 2010, o Núcleo de Pesquisa e Extensão em Inovações Sociais na Esfera Pública (NISP), cadastrado no CNPq, no qual coordena o Observatório de Inovação Social de Florianópolis. Membro da International Society for Third Sector Research (ISTR), da EMES Network e do Centro Internacional de Pesquisa e Informação em Economia Pública, Social e Cooperativa (CIRIEC).

Patrícia Rodrigues da Rosa, Instituto Federal do Rio Grande do Sul

Doutoranda em Administração na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), com concentração de estudos em Administração Pública e em Epistemologia da Ciência. Mestre em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS/2006), com concentração de estudos nas áreas de Finanças e de Internacionalização de Empresas. Bacharel em Administração pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC/2002), com pesquisa final na área de Custos Hospitalares. É professora de Administração em regime de dedicação exclusiva no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) desde 2010, onde atua nas áreas Organizacional, Financeira e de Administração Pública. Foi professora da Universidade de Caxias do Sul (UCS/2007-2010) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS/2005-2010) em diferentes disciplinas, níveis e modalidades de ensino. Anteriormente à carreira acadêmica trabalhou em empresa de agronegócios (1994-2003) nos setores Administrativo e Financeiro. Tem interesse principal nas áreas de Administração Pública, Organizações, Finanças e Epistemologia/Metodologia Científica.

Publicado

2023-10-13

Como Citar

Andion, C., & Rodrigues da Rosa, P. . (2023). Novas Vias para uma Agenda de Pesquisa Sobre a Ciência da Administração Pública no Brasil. Administração: Ensino E Pesquisa, 24(2). https://doi.org/10.13058/raep.2023.v24n2.2299